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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não tenha medo do escuro - Crítica em dose dupla!


A grosso modo é um Labirinto do fauno para o grande publico, com uma alta dosagem de suspense imprevisível!

De inicio já temos uma idéia que a casa aonde vai se desenrolar a história tem algo de errado. Definitivamente algo sombrio mora naquele porão.

Os personagens se resumem a criança abandonada pela mãe que é obrigada a morar com o pai completamente ausente e cético aos problemas da filha e “Kim”, aparentemente a madrasta malvada. E a pequena Sally (chata prá C@#$*, irritante, mimada que devia levar uns tapas), é obrigada a conviver com a ausência do pai e tentar aceitar o relacionamento com a madrasta Kim. Na tentativa de suprir sua solidão infantil, começa a explorar a casa em busca dos sussurros sinistros que a chamam para brincar, porem ao decorrer do filme se revelam não tão amigáveis quanto a proposta apresentada! Definitivamente um filminho de terror sessão-da-tarde se não fosse o fato do suspense extremo aplicado no longa.


O mistério da casa é explorado através da ótica de Sally, transmitindo para o espectador o sentimento infantil de que a curiosidade pode superar em muito o derradeiro medo, que no caso de um adulto já teria se borrado inteiro. Em diversos momentos lembramos a tensão que era fazer uma “arte” e correr perigo em nossa infância.


A grande sacada do filme é o mistério criado sobre as criaturas fantástica-demôniacas que habitam o porão do recinto. O interessante é que o suspense usado é muito próximo dos filmes de terror de antigamente como: a bolha assassina; criaturas; entre outros que aterrorizavam nosso sono nas noites de nossa infância.
O pouco que se fala sobre a origem e a mitologia dos seres é incrível e magicamente instigante, nos deixando com uma vontade colossal de adentrar e explorar mais daquele mundo perturbador e doentio. O tentáculo do roteiro abraça desde o mais clássico terror até tocar nos mais puros contos de fadas de uma forma completamente aceitável e assustadoramente compatível com a realidade. A forma como é retratado o mito das criaturas, lembra de longe o pai das mentes loucas e doentias, H. P. Lovecraft (Referência Incrível).

Particularmente, há muito tempo eu não assistia um terror tão arrebatador que me fez ficar tenso na poltrona a ponto de arrancar seus apoios de braço. Arrepios percorriam a espinha de baixo a cima na cena do ursinho de pelúcia podendo ser comparada a cena em que o menino vai ao banheiro no meio da noite em Sexto sentido (Poutz, um dos maiores sustos que já levei na vida). “Não tenha medo do escuro” conseguiu com maestria equilibrar o terror, suspense e mistério de uma forma tão marcante que no momento em que você deitar na cama para dormir, vai pensar duas vezes antes de apagar a luz, ou ao menos vai se lembrar das noites de sua juventude que passou observando a escuridão e sua mente trabalhava de forma involuntária para dar as formas mais tenebrosas para aquela massa negra sombria.


Os parabéns vão principalmente para o desenhista, roteirista de quadrinhos Troy Nixey que estréia “chutando bundas de forma majestosa” como diretor dessa obra! Se esquecer dos roteiristas Del toro e Matthew Robbins. É inevitável perceber a onipresença de Del toro em todos o sentidos do longa, Na cena das carpas e principalmente no momento da revelação do desenho do “Mural”, - que mente perturbada- simplesmente phodastico!


Apesar da atuação sem sal de Katie Holmes no inicio, ela consegue conquistar o carisma do espectador de forma surpreendente até o desfecho da história. O filme já é excelente, mas talvez se fosse um criança mais carismática como a de “O labirinto do fauno”, ou o garotinho de sexto sentido, o resultado final da obra seria muito melhor, não que isso prejudique a experiência.
O final vai te deixar com uma “farpa na mente”.

Guillermo Del Toro e seus comparsas com suas mentes perturbadas, construções góticas, mistérios, locais sombrios lhe convidam para entrar onde a luz não habita.

Venha...

vamos brincar...

não tenha medo do escuro...


(Filipe G. T.)



Não adianta, o cinema de hoje é feito quase que exclusivamente por  remakes  e adaptações . Por volta de 85% desse material  é de qualidade duvidosa, a maioria é uma bosta mesmo, os  15% restantes  são milagres feitos por gente competente que ama sua obra  e trata com respeito fãs da obra original.

Estou dizendo isso, pois se você não sabe o filme “Não Tenha Medo do Escuro” é um remake de um clássico de 1973 que aqui no Brasil é conhecido pelo nome de Criaturas da Noite. Você, é fã de horror clássico, que já esta imaginando que vem merda pela frente, saiba que esse é um filme que esta nos “raros” 15% de MUITA QUALIDADE!!!


Algumas mudanças foram feitas no roteiro e na estética, mas tudo é feito de forma decente e  ficou melhor que obra original. A antiga protagonista, Sally uma mulher casada, aqui é substituída  pela pequena Sally ,uma garotinha que tem seus pais divorciados.
Sally é uma menininha introvertida e sem muita alegria, sim é uma criança que beira a depressão,  sua vida fica ainda pior ao se ver obrigada a morar com seu pai e sua madrasta em um casarão, uma mansão que logo se nota que tem algo estranho  lá dentro...

A madrasta que eu pensei que iria ser a pedra no sapatinho de Sally, na verdade se mostra uma pessoa legal, mas é o pai de Sally que se torna o idiota da vez, o cara é um ausente, não que ele não ame sua filha, mas  ele não presta muita atenção na menina, normalmente ele esta mais preocupado com seu trabalho.  Sendo ela,  a única criança em uma casa gigante daquelas, a tristeza de Sally se intensifica até que é chamada por vozes sussurrantes, ela se anima e em sua curiosidade infantil atende aos chamados... É CLARO QUE IA DAR BOSTA CUMPADI!!!  ESQUECEU QUE ISSO É UM FILME DE TERROR!!!????


E é aqui que começamos ter contato com as pequenas, porem horrendas criaturas, que no filme original eram anões fantasiados (tosco por sinal), aqui as criaturas são criadas por computação e esse é o único toque de atualidade que você verá no filme.


Apesar de ser um filme novo, ele tem todo um estilo de filme clássico, sua filmagem faz um uso perfeito da escuridão, sua trilha sonora é de fato igual à utilizada nos filmes das décadas de 70, 80 e 90.
O filme não abusa de violência, ele usa muito mais do suspense e do mistério e alguns sustos, que eram as “armas” mais usadas em filmes clássicos (lógico que não estou falando dos filmes Trashs...) sim ele tem sangue  mas  na medida certa e necessária. Aqui não ha Gore extremo, quem me conhece sabe que sou louco por sangue, mas esse filme tem muito mais a oferecer do  que isso e sim eu gostei.


 Guillermo Del toro e Matthew Robbins assinam o roteiro e cara que historia simples, mas de GRANDE  competência, aqui você vê que uma boa historia para um filme não precisa de nenhuma  extravagância, com pouco se fez muito, esse é um tipo de filme para pessoas que gostam de ler um bom  livro, sim o filme tem ar de livro que eu nunca notei em nenhum filme!!
PALMAS para o diretor iniciante Troy Nixey  o cara manda bem,  com Guillermo Del toro no roteiro e produção só poderíamos esperar coisas boas... ou melhor... sinistras!!!

O talento de Del Toro esta presente a olhos vistos, alem de abordagens sinistras Del Toro sempre teve o dom para colocar crianças em destaque, foi assim com A Espinha do Diabo, O Orfanato e O Labirinto do Fauno, todos eles filmes que situam no sobrenatural e escuro mundo das trevas que Del Toro trabalha com sutileza, porem sempre de uma forma imaginativa e extraordinária.
Esse é um remake que vale muito a pena assistir, então ASSISTA!!!

(Berserk)



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