Com todos meus anos de cinema posso dizer que nunca assisti algo parecido, aliás “A Arvore da Vida” não é um filme para se assistir e sim para ser contemplado.
O caminho da graça e o caminho da natureza.
A trama se divide entre esses dois pensamentos: trilhar o caminho da graça que mesmo árduo e difícil em diversos momentos, através do perdão e do amor seguir adiante ultrapassando os obstáculos do ódio, arrogância e crueldade, ou escolher o caminho da natureza, a lei do mais forte, seguir o próprio instinto de sobrevivência, egocentrismo.
De início somos apresentados a uma família que possui visivelmente essas polaridades e acabam tendo de enfrentar uma inevitável tragédia que ecoa suas consequências até o futuro onde o filho mais velho (Sean Penn) reflete sobre o "porquê" de diversas situações como em sua infância: o relacionamento de seus pais, seus irmão e amigos.
É impressionante como o filme é carregado de sentimentos que vão desde a sublime alegria até a o profundo sentimento de dor da perda. Podemos ver isso na personagem de Jessica Chastain (A mãe) que consegue transmitir o sentimento de amor e carinho em diversas cenas, até o momento em que é surpreendida pelo destino onde ela coloca em evidência questões como a existência de Deus.
Nesse momento viajamos para o início do tempo, durante a criação do universo somos levados a refletir sobre o sentido da vida e a existência de um criador.
Incrível que por mais sutil que seja, alguns vão perceber a presença de diversas polaridades durante o filme, como a vida e morte, o amor e ódio como um tipo de "yin yang" onde um não pode existir sem o outro. A criação do planeta é um exemplo disso, através da ira das chamas do fogo, toda a beleza da natureza e ecossistema se formam. Se existe um Criador, Ele é amável tanto quanto é cruel. Da mesma forma que Ele dá, também tira. Esse comportamento é herdado pela humanidade (e o homem foi feito a Vossa imagem) bastando escolher qual dos dois caminhos (graça ou natureza) seguir, ou simplesmente entender por qual motivo está seguindo um deles.
As imagens da natureza e universo são realmente de fazer qualquer marmanjo apreciador de cinema encher a poltrona de saliva de tanto babar. Os rolos originais possuem centenas de horas de gravação e só as que estão no filme já são suficientes para encher os olhos de lágrimas. Cenas e imagens divinas acompanhadas por uma trilha sonora à altura de sua grandiosidade. É inexplicável a sensação de paz que é transmitida durante esses momentos.
Não há muitas falas durante a película, o foco vai para as narrações que são fragmentadas e se dividem entre os personagens ao longo do filme.
Apesar de todas as viagens, desde a criação até o fim dos tempos, a infância de Jack (Hunter McCracken), que é o centro da trama, nos mostra que mesmo uma criança criada nos braços da pureza, pode ser tão perversa quanto a morte.
A atuação do elenco é impecável, com a exceção de Sean Pean (O personagem se resume apenas em fazer cara de besta e desentendido, desculpe, mas a atuação dele é ridícula). Já Brad Pitt, Jessica Chastain e Hunter McCracken se destacam com seus personagens cativantes.
Uma coisa é certa, “A Árvore da Vida” é um filme para poucos, além de não seguir os padrões de auto-conceito hollywoodiano, é um filme quase que totalmente interpretativo, onde cada pessoa vai sentir e entender de uma maneia particular, principalmente o desfecho que é completamente onírico, então para quem tem preguiça de usar o cérebro certamente vai ter dificuldades de assimilar a grandeza da obra.
O engraçado é que durante a sessão muitos espectadores abandonaram a exibição do filme, seguem os possíveis motivos:
é aquela pessoa que escolhe o filme pelo cartaz e simplesmente fala: - Oh! Cartaz bacana! O filme deve ser bom!
Simplesmente é um (a) fã idiota de Brad Pitt esperando que ele vá tirar a camisa para você gritar coisa clichês e crepusculentas como: -AAAh, delícia! - Te amo! - Gostoso!
Se esse espécime não se encaixa em nenhuma das duas classes apresentadas o caso é pior do que parece. Esse definitivamente precisa começar a usar o cérebro, ou vai se tornar um vegetal, ou simplesmente vai virar um fã de Cine, restart, etc. (Esse definitivamente é o pior dos casos).
Você que se identificou em uma dessas três classes apresentadas acima, existe uma pequena coisinha chamada: sinopse!
- Aaaah, mas eu num sei o que é uma sinopse!
Pois bem, como eu sou um cara muito “paciente”, eu te explico criatura de massa encefálica subdesenvolvida (isso é um elogio, ok).
Dicionário:
Quadro sintético de uma obra literária, científica etc.; visão de conjunto; síntese, resumo, sumário, resenha.
Sinopse é um pequeno texto que define a temática e resume a trama do filme. Basicamente você vai saber do que se trata o filme e não vai precisar ficar com cara de besta em frente o cartaz tentando adivinhar se é bom ou não, e depois sair no meio da sessão falando que o filme é ruim, uma bosta que o diretor é louco.
Meu querido, o diretor não tem culpa da sua incapacidade mental pré-programada na qual você foi criado e se atrofiou, além disso, a partir do momento que você não lê a MALDITA SINÓPSE do MALDITO FILME, você não tem direito de criticá-lo, pois o único que fez a merda foi você! Esperava o quê? Foi ver um filme chamado A arvore da vida e esperava um Duro de Matar 4.0 (Não que seja ruim, pode ser um filme sem cérebro, mas eu adoro. kkk yepkieyeah).
Ah, e você queridão que vai ao cinema pra agradar a namorada e ficar dando uns pegas lá e depois que acaba o filme tem a coragem de dizer: - Caraca, não entendi nada! Mano, pega o maldito dinheiro que gastou com ingresso, pipoca, refri, mm's e vai pro motel, seu frouxo.
Desculpe o stress, já estou a algum tempo para postar essa crítica e quando consigo escrever, cortam minha internet! Isso que dá deixar de pagar a conta prá comprar jogo, e vício.
Ah, leiam a sinópse antes de assistir qualquer filme.
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