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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Arvore da Vida - Crítica


Se a arte pode ser concebida através das lentes de uma câmera, com certeza esse filme pode ser considerado uma obra de arte.

Com todos meus anos de cinema posso dizer que nunca assisti algo parecido, aliás “A Arvore da Vida” não é um filme para se assistir e sim para ser contemplado.

O caminho da graça e o caminho da natureza.
A trama se divide entre esses dois pensamentos: trilhar o caminho da graça que mesmo árduo e difícil em diversos momentos, através do perdão e do amor seguir adiante ultrapassando os obstáculos do ódio, arrogância e crueldade, ou escolher o caminho da natureza, a lei do mais forte, seguir o próprio instinto de sobrevivência, egocentrismo.


De início somos apresentados a uma família que possui visivelmente essas polaridades e acabam tendo de enfrentar uma inevitável tragédia que ecoa suas consequências até o futuro onde o filho mais velho (Sean Penn) reflete sobre o "porquê" de diversas situações como em sua infância: o relacionamento de seus pais, seus irmão e amigos.


É impressionante como o filme é carregado de sentimentos que vão desde a sublime alegria até a o profundo sentimento de dor da perda. Podemos ver isso na personagem de Jessica Chastain (A mãe) que consegue transmitir o sentimento de amor e carinho em diversas cenas, até o momento em que é surpreendida pelo destino onde ela coloca em evidência questões como a existência de Deus.
Nesse momento viajamos para o início do tempo, durante a criação do universo somos levados a refletir sobre o sentido da vida e a existência de um criador.

Incrível que por mais sutil que seja, alguns vão perceber a presença de diversas polaridades durante o filme, como a vida e morte, o amor e ódio como um tipo de "yin yang" onde um não pode existir sem o outro. A criação do planeta é um exemplo disso, através da ira das chamas do fogo, toda a beleza da natureza e ecossistema se formam. Se existe um Criador, Ele é amável tanto quanto é cruel. Da mesma forma que Ele dá, também tira. Esse comportamento é herdado pela humanidade (e o homem foi feito a Vossa imagem) bastando escolher qual dos dois caminhos (graça ou natureza) seguir, ou simplesmente entender por qual motivo está seguindo um deles.


As imagens da natureza e universo são realmente de fazer qualquer marmanjo apreciador de cinema encher a poltrona de saliva de tanto babar. Os rolos originais possuem centenas de horas de gravação e só as que estão no filme já são suficientes para encher os olhos de lágrimas. Cenas e imagens divinas acompanhadas por uma trilha sonora à altura de sua grandiosidade. É inexplicável a sensação de paz que é transmitida durante esses momentos.


Não há muitas falas durante a película, o foco vai para as narrações que são fragmentadas e se dividem entre os personagens ao longo do filme.

Apesar de todas as viagens, desde a criação até o fim dos tempos, a infância de Jack (Hunter McCracken), que é o centro da trama, nos mostra que mesmo uma criança criada nos braços da pureza, pode ser tão perversa quanto a morte.


A atuação do elenco é impecável, com a exceção de Sean Pean (O personagem se resume apenas em fazer cara de besta e desentendido, desculpe, mas a atuação dele é ridícula). Já Brad Pitt, Jessica Chastain e Hunter McCracken se destacam com seus personagens cativantes.

Uma coisa é certa, “A Árvore da Vida” é um filme para poucos, além de não seguir os padrões de auto-conceito hollywoodiano, é um filme quase que totalmente interpretativo, onde cada pessoa vai sentir e entender de uma maneia particular, principalmente o desfecho que é completamente onírico, então para quem tem preguiça de usar o cérebro certamente vai ter dificuldades de assimilar a grandeza da obra.


O engraçado é que durante a sessão muitos espectadores abandonaram a exibição do filme, seguem os possíveis motivos:

é aquela pessoa que escolhe o filme pelo cartaz e simplesmente fala: - Oh! Cartaz bacana! O filme deve ser bom!

Simplesmente é um (a) fã idiota de Brad Pitt esperando que ele vá tirar a camisa para você gritar coisa clichês e crepusculentas como: -AAAh, delícia! - Te amo! - Gostoso!

Se esse espécime não se encaixa em nenhuma das duas classes apresentadas o caso é pior do que parece. Esse definitivamente precisa começar a usar o cérebro, ou vai se tornar um vegetal, ou simplesmente vai virar um fã de Cine, restart, etc. (Esse definitivamente é o pior dos casos).

Você que se identificou em uma dessas três classes apresentadas acima, existe uma pequena coisinha chamada: sinopse!

- Aaaah, mas eu num sei o que é uma sinopse!

Pois bem, como eu sou um cara muito “paciente”, eu te explico criatura de massa encefálica subdesenvolvida (isso é um elogio, ok).

Dicionário:
Quadro sintético de uma obra literária, científica etc.; visão de conjunto; síntese, resumo, sumário, resenha.

Sinopse é um pequeno texto que define a temática e resume a trama do filme. Basicamente você vai saber do que se trata o filme e não vai precisar ficar com cara de besta em frente o cartaz tentando adivinhar se é bom ou não, e depois sair no meio da sessão falando que o filme é ruim, uma bosta que o diretor é louco.

Meu querido, o diretor não tem culpa da sua incapacidade mental pré-programada na qual você foi criado e se atrofiou, além disso, a partir do momento que você não lê a MALDITA SINÓPSE do MALDITO FILME, você não tem direito de criticá-lo, pois o único que fez a merda foi você! Esperava o quê? Foi ver um filme chamado A arvore da vida e esperava um Duro de Matar 4.0 (Não que seja ruim, pode ser um filme sem cérebro, mas eu adoro. kkk yepkieyeah).

Ah, e você queridão que vai ao cinema pra agradar a namorada e ficar dando uns pegas lá e depois que acaba o filme tem a coragem de dizer: - Caraca, não entendi nada! Mano, pega o maldito dinheiro que gastou com ingresso, pipoca, refri, mm's e vai pro motel, seu frouxo.

Desculpe o stress, já estou a algum tempo para postar essa crítica e quando consigo escrever, cortam minha internet! Isso que dá deixar de pagar a conta prá comprar jogo, e vício.
Ah, leiam a sinópse antes de assistir qualquer filme.

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